quinta-feira, 3 de julho de 2008

Exército colombiano liberta Ingrid Betancourt

O ministro de Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta quarta-feira que o Exército do país resgatou a política colombiana Ingrid Betancourt, que era mantida como refém havia seis anos pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Por: Claudia Jardim – BBC Brasil

Segundo Santos, além de Betancourt, os militares resgataram mais 14 reféns: três americanos (incluindo luso – americano Marc Gonsalves) e 11 policiais e soldados colombianos.
"Estão livres, sãos e salvos", afirmou o ministro. "Esta operação não tem precedentes e deixa em alta a qualidade e profissionalismo das Forças Armadas Colombianas."De acordo com informações do ministro, o Exército capturou aos guerrilheiros que faziam um cordão de segurança na área de cativeiro dos sequestrados e que esses rebeldes teriam convencidos aos demais guerrilheiros a entregar os reféns.
Ingrid Betancourt foi sequestrada em 2002 quando concorria à Presidência da Colômbia.Com nacionalidades colombiana e francesa, ela era a refém mais importante da guerrilha e compunha ao lado de outras 38 pessoas o grupo de reféns considerados passíveis de troca em um acordo humanitário entre governo e guerrilheiros.
Em Abril, em meio a relatos sobre o seu frágil estado de saúde, chegou-se a especular que Betancourt poderia estar morta. Na época, a candidata apareceu em um vídeo com semblante fraco e doente.


Outros reféns

Segundo o ministro da Defesa, o Exército colombiano poupou a vida dos guerrilheiros que estavam em poder dos reféns na esperança de que o grupo armado liberte o restante dos sequestrados em seu poder.
"Decidimos não atacá-los e respeitamos a vida (dos guerrilheiros) para que as FARC em reciprocidade soltem o resto dos sequestrados."
Estima-se que as FARC detenham cerca de 700 pessoas em seu poder.O ministro também mencionou "infiltração" da guerrilha no estado de Guaviare, mas não deu detalhes sobre essa informação.
Santos fez um apelo "às cabeças" das FARC para que entreguem as armas e evitem derramamento de sangue.
"O governo afirma que se querem negociar, oferecemos a eles uma paz digna", disse Santos ao final da colectiva de imprensa em que anunciou o resgate dos reféns.

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