sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Nova onda dos assaltos em Maputo


A Segurança Empresarial alerta que assaltos a veículos em movimento estão ocorrendo em Maputo, especificamente na região da Av. Marginal. A atenção deve ser redobrada nesta região, porém a prática pode se estender à outras localidades da cidade.
Naquele trajecto e principalmente no trecho entre o Hotel Southern Sun e o Clube Naval, os assaltantes aproveitam-se da falta de policiamento e iluminação da região para subtrair a força, bens que consideram valiosos.
A abordagem dos marginais chama atenção pela ousadia e violência, já que ultrapassam o veículo da vítima em alta velocidade e com uma manobra perigosa bloqueiam sua passagem. Imediatamente desembarcam com as armas em punho anunciando o assalto.
Para estas situações orientamos a seguir práticas preventivas de segurança, tais como:
- Dirigir com os vidros fechados, usando o sistema interno de ventilação. Use o cinto de segurança e mantenha todas as portas trancadas. Desta forma estará preparado para uma paragem inesperada, provocada por um obstáculo criado para fazê-lo parar, por arremesso de projéctil contra o veículo, ou até mesmo pelo veículo dos assaltantes;
- Evite o uso ostensivo de jóias quando estiver dirigindo e, quando o fizer, mantenha-se permanentemente em alerta;
- Não pare para auxiliar outros motoristas em locais sem movimento e ou horas avançadas. No caso de lhe parecer pessoa acidentada, avise a Polícia imediatamente;
- Se perceber que está a ser seguido por outro veículo, procure agir com naturalidade e dirija-se para as vias de grande movimento onde poderá localizar uma viatura policial e pedir ajuda;
- Caso seja abordado, mantenha a calma, avise antes de tomar qualquer acção e faça pequenos gestos próximos ao corpo se necessário. Saiba que muitas vezes os assaltantes estão sob o efeito de drogas e nestas condições não ouvem muito bem.
Lembre-se que uma forma de prudência é antecipar-se ao perigo, prevenindo-se.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O Palhaço Dançarino que Queria ser Herói

Era uma vez, um palhaço dançarino que vivia na Cidade Capital das Acácias. Tão dançarino ele era que não sabia dançar e, por vergonha fingia que era herói. Tantas histórias inventou até que num ramo feminino, acabou andado de carro dos deputados.
Muito contestados eram os tais carros parlamentares que comprados numa época em que se pregava a austeridade, ninguém parecia escutar. Sabia o palhaço que essa austeridade era só para o Zé-povinho que de política nada entende.
Era bocudo o tal palhaço, tão mal falava que chegava a ofender os seus próprios pais e sua mulher que aos poucos também foi perdendo os miolos. Afinal, de palhaçada não se vive.
Um dia, o palhaço dançarino percebeu que o seu futuro como dançarino andava comprometido porque não sabia dançar, decidiu então armar-se em palhaço empresário que vende direito. Tão insignificantes eram os seus rendimentos que na verdade nunca melhorou a ponto de mudar de vida.
Percebeu então, o palhaço dançarino que a sua terra natal podia ser um bom produto para vender. Mas a terra, só por mentira, no País das Acácias, pertence a todos e a ninguém pode ser vendida. Assim, decidiu colher algumas folhas de árvores secas e para si cozeu roupas parecidas às dos macacos selvagens que só pensam na comida, no sexo e no descanso. Afinal, o dançarino palhaço, era um animal selvagem.
Quando o País das Acácias abre a época das palhaçadas democráticas, o palhaço dançarino que queria ser herói vem com as suas: ou porque é mais palhaço que todos, ou porque tem sangue real, ou porque cultiva a sua comida de madrugada ou ainda porque sabe tudo e mais alguma coisa. A única coisa que parece não saber é que ele é somente um palhaço.
O palhaço dançarino que queria ser herói atinge o seu orgasmo na época das palhaçadas democráticas. Perde a cabeça, abre as pernas, rasga a boca e lambe todo o tipo de sujidade. Suas palhaçadas chegam a ser ridículas quando começa a irritar àqueles que ele queria escovar. De repente está sozinho, pescando na rocha.
Um palhaço tem aquela cara ridícula, aquela fala nojenta e aqueles olhos mal direccionados. Nada de errado. Mas tem também as calças furadas na zona traseira, deve até tomar no buraco, tem dentes sujos e bolsos vazios. Nada de errado. O errado mesmo é ele se convencer que tudo é mentira, que todos os outros são ignorantes e que ele é o máximo.
Num desses dias o Chefe do País das Acácias, o mesmo que é promotor da orgia dos palhaços e das palhaçadas democráticas prometeu-lhe um lugar lá na sede dos palhaços mor. Prometeu-lhe uma casa num parque de diversão, prometeu-lhe uma viatura que fosse executiva. Foi assim que o palhaço dançarino mudou de nome, mudou de rua, mudou de roupa, mudou de amigos e até de ideais. Mas as promessas do chefe tinham uma condição: nada de querer ser herói, não há mais lugar para heróis, ainda mais quando se é palhaço. Todos os palhaços deviam saber dançar um certo ritmo batido no norte e assim foi.
Mas como o nosso palhaço não sabia dançar, sabem o que lhe aconteceu? O óbvio: disse como fazem os macacos que o chão é que estava torto. E como era uma orgia dos palhaços todos outros sentiam o mesmo e ficaram felizes, entraram em gargalhadas, em delírio e começaram a dançar!

Continua….