segunda-feira, 12 de maio de 2008

RACISMO EM SAO PAULO-BRASIL

41 alunos são proibidos de entrar em escola na Grande SP

Eles disseram que foram expulsos e humilhados pelo secretário de Educação de Barueri.
Direção da escola diz que as crianças foram suspensas por mau comportamento.
Do G1, com informações do SPTVentre em contato
ALTERA O
TAMANHO DA LETRA

 

Confusão em uma escola municipal de Barueri, na Grande São Paulo. Quarenta e um alunos não podem mais entrar na sala de aula. Eles disseram que foram expulsos e humilhados e registraram um boletim de ocorrência contra o secretário de Educação do município. A direção da escola diz que as crianças foram suspensas por mau comportamento. Os pais falam que foram pegos de surpresa e pretendem entrar na Justiça. 

Veja site do SPTV 

Em vez de estar na escola, dezenas de alunos entre 10 e 15 anos lotaram o escritório de um advogado da cidade nesta segunda-feira (5). Todos estavam chocados com o que consideram uma condenação sem direito a defesa. 

Os pais dos 41 estudantes dizem que o secretario municipal de Educação reuniu os alunos numa sala e comunicou que todos estavam expulsos. “Só chegaram, expulsaram e pronto. Trataram como cachorro”, disse a mãe Rita de Cássia Pimenta. Os alunos contam que o secretário ofendeu o grupo com palavras racistas e de discriminação. "Xingou a gente de macaco e disse que nosso lugar era na rua", disse um dos alunos.

A diretora da Escola Tarso de Castro, Myrian Rosa Campos, disse que por enquanto os 41 alunos não foram expulsos, mas suspensos por tempo indeterminado. Ela mostrou os relatórios de indisciplina que justificaram as punições. "Não deixam os professores dar aula. Briga, violência. Cobram pedágio dos outros alunos. Ameaça dentro da sala de os professores sairem chorando", disse.
 

O promotor de Justiça de Barueri, Marcos Lira, disse que vai investigar o caso. Ele disse ainda que se for formalizada a denúncia, o Ministério Público pode entrar com um processo contra o secretário.

 

Os pais questionam também a legalidade das expulsões. Nenhum documento foi encaminhado a eles comunicando o desligamento dos alunos. Alguns dizem que receberam ligações, mas a maioria só ficou sabendo da decisão da escola ao ver os filhos chegando em casa mais cedo com o prontuário escolar embaixo do braço.

 

A direção da escola vai se reunir nesta terça-feira (6) com o promotor de Justiça e com os pais dos alunos suspensos. A situação de cada um dos estudantes será analisada. O secretário de Educação de Barueri não quis dar entrevista. Por meio de assessores, o secretário Celso Furlan negou as denúncias de ofensas e racismo e disse que vai encaminhar ao Ministério Público uma denúncia contrária.

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