quinta-feira, 12 de novembro de 2009

18 de Julho: Dia Internacional de Nelson Mandela



A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou por unanimidade a consagração do homem que percorreu um longo caminho para que a África do Sul se tornasse um país de são convívio entre todos os seus filhos.
Foi por consenso dos 192 países membros que a ONU determinou terça-feira que a partir de 2010 se passe a celebrar o Dia Internacional Nelson Mandela, na data do aniversário do dirigente negro que em 1993 partilhou o Prémio Nobel da Paz com o seu compatriota sul-africano Frederik de Klerk.
A Assembleia Geral decidiu assim reconhecer o contributo fundamental de Mandela, nascido em 1918 na pequena vila de Mvezo, para a resolução dos conflitos, a liberdade no mundo e a promoção das boas relações entre todos os grupos étnicos.
Na altura de se aprovar a proposta que fora apresentada pelo embaixador sul-africano em Nova Iorque, Baso Sangqu, o presidente da Assembleia, o líbio Ali Treki, disse que o mundo pretende manifestar o seu apreço por “um grande homem”, que dirigiu a luta contra o apartheid e por isso passou 27 anos na cadeia.
A coincidir com a consagração universal deste símbolo da esperança, que de 1994 a 1999 foi Presidente da África do Sul, o International Herald Tribune dedicou-lhe um longo artigo, onde destaca que se trata provavelmente do “estadista mais amado do mundo”; e que apesar dos seus 91 anos mantém um lugar essencial na consciência da nação a que pertence.
“É a ideia de Nelson Mandela que mantém o país unido”, disse Mondli Makhanya, chefe de redacção do Sunday Times de Joanesburgo, enquanto o embaixador tanzaniano nas Nações Unidas, Augustine Mahiga, destacava que a vida deste dirigente histórico do Congresso Nacional Africano (ANC) tem sido “a definição última da paz, tanto na África do Sul como no resto do mundo”.
Exemplo para todos
O seu apelo à reconciliação da maioria negra com os opressores brancos é um exemplo que deveria ser seguido por todos, acrescentou aquele diplomata, uma das muitas entidades de diferentes países que se congratularam com a perpetuação do nome do antigo prisioneiro de Robben Island.
“Nelson Mandela, ao lado de Amílcar Cabral, é dos poucos políticos africanos que respeito. Tinha tudo para ser um ‘osajief’ (N’Krumah) e recusou-o, dando ao mundo uma lição que deverá perdurar por muito e muito tempo, espero.
A sua capacidade de perdoar, o seu desapego ao poder, a sua humanidade, são os aspectos que mais destaco na sua personalidade. Infelizmente, exemplos como o dele são poucos em África e no mundo”, disse ao PÚBLICO o jornalista e escritor cabo-verdiano José Vicente Lopes.
A Fundação Nelson Mandela concordou o mês passado em vender a editores de duas dezenas de países os direitos do livro Conversations with Myself, baseado em material dos documentos pessoais daquele ícone deste último século, nascido no ano em que terminava a Primeira Guerra Mundial.

6 comentários:

Reflectindo disse...

Parabéns Nelson Mandela!

Unknown disse...

Madiba...o nosso grande ícone!

Unknown disse...

Só posso tirar o meu chapéu para este símbolo de África e do mundo.
Há dias estava a conversar com um japonês e quando eu disse que era Moçambicano, ele logo disse que admirava muito um certo africano: Nelson Mandela. Ou seja, as obras desse homem são reconhecidas aqui, a mais de 15.000 km de distância do seu país.
Espero que a UA (União Africana) e a SADC rendam, também, homenagens a esse grande homem.

Unknown disse...

Reinaldo....um dos defeitos que nós africanos temos é de nao sabermos valorizarmos o que somos, o que temos e o que representamos em termos reais ou em potencia....

Nao admira que Mandela seja mais amado fora de Africa...mas é tudo um processo de conciencializacao.

Duma

Peroly disse...

Já não era sem tempo...

Unknown disse...

realmente...