Nestes dias, a imprensa internacional reporta o caso do navio cargueiro chinês, “An Yue Jiang”, que está ancorado ao largo da cidade sul – africana de Durban, com um carregamento do armamento para o Zimbabwe. Os estivadores no porto de Durban recusaram-se descarregar o navio.
A bordo o navio tem cerca de 77 toneladas do material bélico, entre balas para AK-47, e armas ligeiras, 1,500 foguetes (calibre 40mm), 2,500 escudos para morteiros (calibre 60mm e 81mm), tudo isso importado por um país que não tem o pão suficiente para os seus cidadãos.
Não é preciso ser clarividente, para perceber que as armas são comprados para serem usados contra todos aqueles que tem a coragem de desafiar o regime autoritário do Robert Mugabe e do seu partido.
Presidente sul – africano Thabo Mbeki justifica a sua cumplicidade no caso do armamento, pelo simples facto do que “não existe um embargo internacional de armas contra o Zimbabwe”. Será que precisa acontecer um massacre ou um genocídio, para que o mundo decretar o tal embargo? Ou todos estamos esperando que no Zimbabwe possa acontecer mais uma Ruanda, para depois fazer vários filmes tristes e “solidários”, para com o povo zimbabweano?
Acredito que este povo não precisa de filmes, precisa de uma solidariedade real, precisa que alguém o defende contra a fúria descontrolada do Mugabe e dos seus comparsas, que ontem não conseguiram inventar nada mais escandaloso, do que declararem Sr. Morgan Tsvangirai “traidor da pátria” (aparentemente, falsificando uma carta do Primeiro – Ministro Britânico Gordon Brown).
Entendo perfeitamente o desânimo e desalento da Condoleeza Rice, que também ontem fez a pergunta retórica: “Onde estão os líderes africanos, onde estão os líderes regionais, onde está a União Africana”? Será que todos eles não querem saber da violação dos direitos humanos no Zimbabwe ou será que os “velhos camaradas” tem alguma indulgência para brutalizar o seu próprio povo?
Os estivadores no porto de Durban recusaram-se em descarregar o navio. O Sindicato dos Trabalhadores de Transporte (SATAWU), através do seu secretário – geral, Sr. Randall Howard, declarou que: “SATAWU não concorda com a posição do Governo em não interferir com este carregamento das armas. Nossos os nossos companheiros – camionistas, vão transportar esta carga pelas estradas”.
Por isso, é perfeitamente possível, que o regime do Zimbabwe, poderá pensar passar as armas através do Corredor da Beira.
Neste âmbito, o Presidente moçambicano, Sr. Armando E. Guebuza pode perfeitamente fazer a diferença, impedindo o tal navio de atracar no porto da Beira, não permitir que o material bélico passe pelo território de Moçambique. Este gesto até não precisa de muita coragem, pois não se exige de fazer nada, apenas não fazer, não dar a autorização ao navio de entrar nas águas territoriais moçambicanas. Por exemplo, alegando a segurança marítima (navio chinês está muito mal conservado), ou a saúde pública (armas se calhar não possuem o certidão sanitário ou outra coisa qualquer).
Não se deixando envolver na crise zimbabweana, Moçambique ganha muita coisa:
1. Sem fazer praticamente nada, país pode ganhar a admiração da comunidade internacional, pois posicionará a si mesmo, como “posto avançado” em democracia e direitos humanos na nossa região, distancia-se dos líderes africanos totalitários (Mugabe) ou apáticos e indecisos (Thabo Mbeki).
2. Diferencia-se dos vizinhos que só falam em direitos humanos e não façam nada para impedir Mugabe de destruir o seu próprio país.
3. Defendem o espírito da SADC, pois o colapso do Zimbabwe terá repercussão na região.
Não é preciso ser clarividente, para perceber que as armas são comprados para serem usados contra todos aqueles que tem a coragem de desafiar o regime autoritário do Robert Mugabe e do seu partido.
Presidente sul – africano Thabo Mbeki justifica a sua cumplicidade no caso do armamento, pelo simples facto do que “não existe um embargo internacional de armas contra o Zimbabwe”. Será que precisa acontecer um massacre ou um genocídio, para que o mundo decretar o tal embargo? Ou todos estamos esperando que no Zimbabwe possa acontecer mais uma Ruanda, para depois fazer vários filmes tristes e “solidários”, para com o povo zimbabweano?
Acredito que este povo não precisa de filmes, precisa de uma solidariedade real, precisa que alguém o defende contra a fúria descontrolada do Mugabe e dos seus comparsas, que ontem não conseguiram inventar nada mais escandaloso, do que declararem Sr. Morgan Tsvangirai “traidor da pátria” (aparentemente, falsificando uma carta do Primeiro – Ministro Britânico Gordon Brown).
Entendo perfeitamente o desânimo e desalento da Condoleeza Rice, que também ontem fez a pergunta retórica: “Onde estão os líderes africanos, onde estão os líderes regionais, onde está a União Africana”? Será que todos eles não querem saber da violação dos direitos humanos no Zimbabwe ou será que os “velhos camaradas” tem alguma indulgência para brutalizar o seu próprio povo?
Os estivadores no porto de Durban recusaram-se em descarregar o navio. O Sindicato dos Trabalhadores de Transporte (SATAWU), através do seu secretário – geral, Sr. Randall Howard, declarou que: “SATAWU não concorda com a posição do Governo em não interferir com este carregamento das armas. Nossos os nossos companheiros – camionistas, vão transportar esta carga pelas estradas”.
Por isso, é perfeitamente possível, que o regime do Zimbabwe, poderá pensar passar as armas através do Corredor da Beira.
Neste âmbito, o Presidente moçambicano, Sr. Armando E. Guebuza pode perfeitamente fazer a diferença, impedindo o tal navio de atracar no porto da Beira, não permitir que o material bélico passe pelo território de Moçambique. Este gesto até não precisa de muita coragem, pois não se exige de fazer nada, apenas não fazer, não dar a autorização ao navio de entrar nas águas territoriais moçambicanas. Por exemplo, alegando a segurança marítima (navio chinês está muito mal conservado), ou a saúde pública (armas se calhar não possuem o certidão sanitário ou outra coisa qualquer).
Não se deixando envolver na crise zimbabweana, Moçambique ganha muita coisa:
1. Sem fazer praticamente nada, país pode ganhar a admiração da comunidade internacional, pois posicionará a si mesmo, como “posto avançado” em democracia e direitos humanos na nossa região, distancia-se dos líderes africanos totalitários (Mugabe) ou apáticos e indecisos (Thabo Mbeki).
2. Diferencia-se dos vizinhos que só falam em direitos humanos e não façam nada para impedir Mugabe de destruir o seu próprio país.
3. Defendem o espírito da SADC, pois o colapso do Zimbabwe terá repercussão na região.
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