domingo, 20 de abril de 2008

ARMAS PARA O ZIMBABWE VIA ANGOLA

Zimbabwe: África do Sul proíbe descarga

Navio chinês com armas para Mugabe
O navio de pavilhão chinês com armas para o governo do Zimbabwe, que estava ancorado ao largo do porto sul-africano de Durban, já levantou âncora e o seu destino pode ser agora Angola. As autoridades sul-africanas recusaram o desembarque da carga.

O comandante do ‘Na Yue Jiang’ foi informado de que um tribunal de Durban proibiu o transporte dos seis contentores de armas e munições para o Zimbabwe através de território sul-africano. O navio encontrava-se desde segunda-feira atracado ao largo de Durban a aguardar autorização portuária para descarregar as armas.

O comandante do ‘Na Yue Jiang’ foi informado de que um tribunal de Durban proibiu o transporte dos seis contentores de armas e munições para o Zimbabwe através de território sul-africano. O navio encontrava-se desde segunda-feira atracado ao largo de Durban a aguardar autorização portuária para descarregar as armas.

No entanto, a organização não--governamental do Zimbabwe Projecto Paz, que monitoriza os incidentes de violência política naquele país, alertou que o navio poderia estar a caminho de um porto moçambicano para proceder ao descarregamento do material de guerra encomendado pelo regime de Robert Mugabe aos seus aliados chineses. 

Contudo, já ontem, o ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, tinha declarado que o navio se dirigia para Angola. "Sabemos que o seu próximo destino é Luanda, porque não autorizamos a sua entrada em águas moçambicanas sem que, previamente, sejam tomadas algumas providências", afirmou o ministro moçambicano. 

OPOSIÇÃO CONTRA RECONTAGEM
Uma nova contagem parcial dos votos relativos às eleições gerais de 29 de Março começou ontem no Zimbabwe, apesar dos esforços da oposição, que já se declarou vencedora, para travar o novo escrutínio.

A recontagem em 23 dos 210 distritos eleitorais poderá alterar os resultados das parlamentares, que traduziam a perda da maioria do partido do presidente Robert Mugabe, a ZANU-PF, em prol da vitória do partido oposicionista, Movimento para a Mudança Democrática (MDC). Recorde-se que a ZANU-PF tinha perdido 16 daqueles 26 distritos em que se repetiu o escrutínio.

"A recontagem dos votos já se iniciou e vai ser difícil e morosa. Esperamos que o processo se prolongue por três dias" – afirmou ontem à Reuters, um responsável da Comissão Eleitoral do Zimbabwe. Acrescente-se que uma equipa da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, liderada por responsáveis sul-africanos, estava a acompanhar a recontagem dos votos. 
Paulo Madeira com agências - CORREIO DA MANHÃ(Lisboa) - 20.04.2008

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