Por não ser contabilista, escuso-me de contar as vezes que o Presidente da República, Sua Excelência Armando Guebuza, fez mexidas no seu Governo, contudo, como observador e de certa forma sujeito activo no processo de governação e construção da nossa Democracia, obrigo-me a deixar alguns pontos que considero essenciais na matéria em questão.
Quero partir do ponto segundo o qual, só faz mexidas alguém que percebe da situação e da necessidade de reformas. Os moçambicanos sabem muito bem quando é que a nossa governação consegue satisfazer as suas necessidades básicas e quando é que ela não satisfaz.
Eventualmente, o Presidente da República, esteja a ser obrigado pela insatisfação dos serviços públicos ao cidadão para sempre fazer mexidas no seu Governo. Digo sempre porque a onda de exonerações e nomeações veio a ser uma das característica da Governação do Presidente Guebuza, ao lado dos vários conflitos com a Constituição.
Ainda bem que não há limites Constitucionais para exonerações ou nomeações para o mesmo cargo durante um mandato. O Ministério da Agricultura bateu recorde ao ter um ministro que não ficou na cadeira pelo menos um ano. Embora não haja limites temporais, acho que, é de certa forma chato, principalmente do ponto de vista de auto estima, para alguém que fica como ministro alguns dias ou meses e depois é exonerado. Que historia a contar aos familiares e amigos. Afinal quem é exonerado, muitas vezes é por incompetência, pelo menos é o que fica na cabeça do povo.
E ainda bem que já não existem as casas protocolares, casas para ministros e directores durante o exercício, pois, fica incomodo estar sempre a mudar de casa. Sair da sua casa própria para a casa do Estado por ser ministro e meses depois ter que voltar a sua própria casa porque foi exonerado. Será por isso que preferiram alienar as casas? Numa de que, se nos tiram não precisaremos mudar para a casa antiga? Não sei.
Voltando ao assunto, eu dizia antes que só faz mexidas aquele que entende da situação e aposta nas reformas e não há dúvidas de que o Presidente da Republica percebe muito bem disso.
Com as constantes mudanças, eu percebo que o Presidente Guebuza quer dar a entender que está preocupado com o trabalho, quer maior dinâmica, quer cometimento e gente séria. Afinal de contas ele tem um manifesto e um plano que pretende realizar e o mandato está a terminar. Como bom político e estratega que ele é, sabe que o bom desempenho deste mandato garantirá com certeza o segundo mandato, valendo-se também da fragilidade e falta de seriedade da oposição moçambicana.
No meio de tudo isso, embora não haja dúvidas da visão e capacidades do Chefe do estado, é preciso que se faça uma questão. Atendendo que cargos como de um ministro ou de um governador não são mesquinhos porque é que também estão tão expostos a ponto de um ministro ou governador ficar como tal apenas alguns meses? Ou seja, mesmo havendo necessidades de reformas, porque é que o Presidente não faz mexidas que de certa forma durem no tempo e produzam frutos palpáveis? Afinal de contas estamos a falar de cargos sustentados pelo dinheiro público, de ministros e governadores que são pagos pelas nossas contribuições.
Bom, é preciso entender que quem dirige o país não é o Presidente sozinho, é o seu partido também e muitas vezes não é fácil chegar a consenso sobre o que deve ser feito ou sobre a quem confiar para determinada tarefa ou missão.
Se calhar esta pode ser uma das respostas para as várias perguntas que se colocam. Será que uma pessoa que tanto percebe que os quadros que colocou não estão a corresponder as expectativas, não é capaz de também procurar a pessoa certa para o efeito.
A conclusão que podemos tirar sem aprofundar o silogismo é que: o presidente acerta no identificar o problema e não no solucioná-lo. Atendendo e considerando que identificar o problema já é meio caminho andado, então aqui encontramos o lado positivo das mexidas do Presidente da República.
Mas como uma viagem não é feita só da metade do caminho é preciso que o Chefe do Estado invista grandemente na outra metade do caminho. De que maneira? Vamos adiante tentar criar hipóteses.
Dizem muitos analistas que o problema do Presidente reside nos seus conselheiros, ou seja, o Presidente da República está a ser mal aconselhado ou a ser mal assessorado. Pode ser verdade. Mas eu que não duvido das capacidades do Presidente da República não quero concordar com esta hipótese, pois, um bom político e governante, alguém do tamanho de Armando Guebuza, sabe muito bem que não deve escolher conselheiros inexperientes, incapazes, míopes, mentirosos ou puxa-sacos. A grandeza do líder nota-se também nas qualidades dos seus conselheiros.
Outros analistas aventam a ideia segundo a qual o Presidente da República é pressionado pela ala dura do Partido a nomear certas pessoas. Bom, isso também pode ser verdade, afinal o partido tem seus compromissos e com certeza os cargos governamentais são um bom galardão para os militantes. Contudo, sabendo que o partido Frelimo, de acordo com discursos de várias figuras altamente posicionadas na sua hierarquia, quer manter-se no poder por muitos e longos anos, seria um contra-senso, o próprio partido nomear gente que eventualmente venha a manchar o seu bom nome, a ponto de ser exonerada em meses.
Há analistas também, que asseguram que os compromissos pessoais do Próprio Presidente muitas vezes influenciam as suas escolhas. Sobre este ponto vale a pena duvidar que um Presidente da República venha a pôr em causa todo um ministério, uma província ou o país inteiro, só por causa dos seus interesses pessoais.
Alguém chegou a colocar a seguinte hipótese, que os nomeados ou indicados pelo Presidente da República acabam, já no poder, guinado-se por fofocas, bocas, intrigas ou outros comportamentos menos aconselháveis e não propriamente nos termos de referência para o cargo que passa a ocupar. Pode ser verdade, mas será que esses nomeados pela confiança política do Presidente não podem aprender dos erros cometidos pelos seus antecessores?
Bom, como disse antes, o assunto é sério, a neste momento só nos cabe levantar hipóteses para desvendar o mistério que se esconde na presente governação. Mas como a minha abordagem não era essencialmente essa, é importante que fique bem claro que a mensagem que fica quando o Presidente faz mudanças é de que ele quer trabalho e isso é bom para os cidadãos. Os cidadãos também querem serviços públicos, querem servidores públicos, querem homens cometidos com o desenvolvimento deste país. Os cidadãos querem segurança, querem direitos humanos e acima de tudo querem paz e justiça social.
Quero partir do ponto segundo o qual, só faz mexidas alguém que percebe da situação e da necessidade de reformas. Os moçambicanos sabem muito bem quando é que a nossa governação consegue satisfazer as suas necessidades básicas e quando é que ela não satisfaz.
Eventualmente, o Presidente da República, esteja a ser obrigado pela insatisfação dos serviços públicos ao cidadão para sempre fazer mexidas no seu Governo. Digo sempre porque a onda de exonerações e nomeações veio a ser uma das característica da Governação do Presidente Guebuza, ao lado dos vários conflitos com a Constituição.
Ainda bem que não há limites Constitucionais para exonerações ou nomeações para o mesmo cargo durante um mandato. O Ministério da Agricultura bateu recorde ao ter um ministro que não ficou na cadeira pelo menos um ano. Embora não haja limites temporais, acho que, é de certa forma chato, principalmente do ponto de vista de auto estima, para alguém que fica como ministro alguns dias ou meses e depois é exonerado. Que historia a contar aos familiares e amigos. Afinal quem é exonerado, muitas vezes é por incompetência, pelo menos é o que fica na cabeça do povo.
E ainda bem que já não existem as casas protocolares, casas para ministros e directores durante o exercício, pois, fica incomodo estar sempre a mudar de casa. Sair da sua casa própria para a casa do Estado por ser ministro e meses depois ter que voltar a sua própria casa porque foi exonerado. Será por isso que preferiram alienar as casas? Numa de que, se nos tiram não precisaremos mudar para a casa antiga? Não sei.
Voltando ao assunto, eu dizia antes que só faz mexidas aquele que entende da situação e aposta nas reformas e não há dúvidas de que o Presidente da Republica percebe muito bem disso.
Com as constantes mudanças, eu percebo que o Presidente Guebuza quer dar a entender que está preocupado com o trabalho, quer maior dinâmica, quer cometimento e gente séria. Afinal de contas ele tem um manifesto e um plano que pretende realizar e o mandato está a terminar. Como bom político e estratega que ele é, sabe que o bom desempenho deste mandato garantirá com certeza o segundo mandato, valendo-se também da fragilidade e falta de seriedade da oposição moçambicana.
No meio de tudo isso, embora não haja dúvidas da visão e capacidades do Chefe do estado, é preciso que se faça uma questão. Atendendo que cargos como de um ministro ou de um governador não são mesquinhos porque é que também estão tão expostos a ponto de um ministro ou governador ficar como tal apenas alguns meses? Ou seja, mesmo havendo necessidades de reformas, porque é que o Presidente não faz mexidas que de certa forma durem no tempo e produzam frutos palpáveis? Afinal de contas estamos a falar de cargos sustentados pelo dinheiro público, de ministros e governadores que são pagos pelas nossas contribuições.
Bom, é preciso entender que quem dirige o país não é o Presidente sozinho, é o seu partido também e muitas vezes não é fácil chegar a consenso sobre o que deve ser feito ou sobre a quem confiar para determinada tarefa ou missão.
Se calhar esta pode ser uma das respostas para as várias perguntas que se colocam. Será que uma pessoa que tanto percebe que os quadros que colocou não estão a corresponder as expectativas, não é capaz de também procurar a pessoa certa para o efeito.
A conclusão que podemos tirar sem aprofundar o silogismo é que: o presidente acerta no identificar o problema e não no solucioná-lo. Atendendo e considerando que identificar o problema já é meio caminho andado, então aqui encontramos o lado positivo das mexidas do Presidente da República.
Mas como uma viagem não é feita só da metade do caminho é preciso que o Chefe do Estado invista grandemente na outra metade do caminho. De que maneira? Vamos adiante tentar criar hipóteses.
Dizem muitos analistas que o problema do Presidente reside nos seus conselheiros, ou seja, o Presidente da República está a ser mal aconselhado ou a ser mal assessorado. Pode ser verdade. Mas eu que não duvido das capacidades do Presidente da República não quero concordar com esta hipótese, pois, um bom político e governante, alguém do tamanho de Armando Guebuza, sabe muito bem que não deve escolher conselheiros inexperientes, incapazes, míopes, mentirosos ou puxa-sacos. A grandeza do líder nota-se também nas qualidades dos seus conselheiros.
Outros analistas aventam a ideia segundo a qual o Presidente da República é pressionado pela ala dura do Partido a nomear certas pessoas. Bom, isso também pode ser verdade, afinal o partido tem seus compromissos e com certeza os cargos governamentais são um bom galardão para os militantes. Contudo, sabendo que o partido Frelimo, de acordo com discursos de várias figuras altamente posicionadas na sua hierarquia, quer manter-se no poder por muitos e longos anos, seria um contra-senso, o próprio partido nomear gente que eventualmente venha a manchar o seu bom nome, a ponto de ser exonerada em meses.
Há analistas também, que asseguram que os compromissos pessoais do Próprio Presidente muitas vezes influenciam as suas escolhas. Sobre este ponto vale a pena duvidar que um Presidente da República venha a pôr em causa todo um ministério, uma província ou o país inteiro, só por causa dos seus interesses pessoais.
Alguém chegou a colocar a seguinte hipótese, que os nomeados ou indicados pelo Presidente da República acabam, já no poder, guinado-se por fofocas, bocas, intrigas ou outros comportamentos menos aconselháveis e não propriamente nos termos de referência para o cargo que passa a ocupar. Pode ser verdade, mas será que esses nomeados pela confiança política do Presidente não podem aprender dos erros cometidos pelos seus antecessores?
Bom, como disse antes, o assunto é sério, a neste momento só nos cabe levantar hipóteses para desvendar o mistério que se esconde na presente governação. Mas como a minha abordagem não era essencialmente essa, é importante que fique bem claro que a mensagem que fica quando o Presidente faz mudanças é de que ele quer trabalho e isso é bom para os cidadãos. Os cidadãos também querem serviços públicos, querem servidores públicos, querem homens cometidos com o desenvolvimento deste país. Os cidadãos querem segurança, querem direitos humanos e acima de tudo querem paz e justiça social.
1 comentário:
Interessantes hipóteses. Uma questãozita: temos uma acessor do PR que chegou lá puxando o saco - escreveu uma biografia di PR que foi mesmo um engraxe; e no acto do lançamento excedeu-se. E o dito cujo é o acessor mais mais do PR; o que se pode esperar?
Enviar um comentário