segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Metalidade Escrava

O ferro da corrente que,
Perpetua a mentalidade e o preconceito
Do meu povo continuar a ser escravo sempre
Dobrou-se e fortaleceu-se com o tempo, no sono,
E na preguiça de quem pensa


Sentiu-se um fluir de lideranças vazias
Sonantes para conquistar o estandarte
Mesquinhas para recobrar os mais altos valores
Da nobre nação que nós somos, todavia
Desde sempre humilhada por quem nos conhece






Povo livre com mente acorrentada
Negros ricos,
Negros escravos e dependentes de quem sabe o que quer
Povo que cegou quando viu a luz
E nunca percebeu quando o abismo se ergueu


Gente que vende a alma pelo bem do corpo
Mentiu-se a si mesmo de uma independência,
Que nunca mais chegou
Entoou hinos de revolução para matar a fome
E vendeu-se,
Vendeu-se na ambição de quem pensa com o umbigo


Povo negro deste continente sagrado
Povo humilde e refém dos seus próprios filhos e ideais
África, Um lugar,
Onde a primeira luz do mundo nasceu, porém
Para onde essa luz nunca mais voltou, assim mesmo
Como fazem os seus melhores rebentos


Alivia-me sim a terra
Que nos suporta com a mesma dor de sempre
Que nos morde e nos fere
Que engole com amargura as nossas lágrimas
E mais uma vez nos mostra o caminho
Da cor e do sangue
De sermos a mãe da humanidade

1 comentário:

Miriam disse...

Oi axo que entende meu indioma eu sou do BRasil, gostei muito do seu blogue seus pensamentos expressados em textos,tenho certeza que essa terra esquecida por muitos um dia sera lembrada eternamente. tenho email: miriamistilo@hotmail.com