terça-feira, 13 de março de 2012

Hoje acordei pensando no DESPERTAR!

DESPERTAR, é um conceito filosófico multifacetado. Prefiro pensar que despertar é ressuscitar, na medida em que para quilo que nós desconhecemos estamos completamente mortos. Quando não sabemos estamos mortos e ressuscitamos quando nos aproximamos a verdade.
Hoje, para além de despertar do meu sono nocturno, fiquei pensando na ressurreição que precisamos para a realidade e para a verdade do contexto sócio politico em que vivemos neste país. Um país onde muitos dormem, na verdade onde muitos estão mortos e inocentemente se deixam comer pelas vermes da destruição.
A nossa consciência é muitas vezes influenciada pelo colectivo. Mas o torna uma consciência colectiva existir? Qual é o lema que rege a consciência dessa ordem nacional que nós pregamos, defendemos e abraçamos? Quase nunca chegamos na essência da resposta. Vivemos uma realidade superficial desenhada para entreter, enquanto os vermes consomem os corpos sonâmbulos da maioria.
Despertar é perceber que vermes vivem a nossa custa. É sentir a dor na pele. É sentir o correr desses vermes ao coração, ao amago da nossa essência para eternamente privar nos do existir. Despertar é parar esses vermes, expurga-los! Parar de morrer e começar a viver!
Afinal de contas, acima dessa consciência nacional que todos pensamos existir, subsiste uma outra. Subsiste uma consciência universal que forma a essência humana e nos conecta ao universo. Essa consciência, composta por todas as formas de vida é que alimenta a existência visível e a invisível através da sua eternidade. É aqui que descobrimos que somos eternos. Sim, que a humanidade é eterna, desde que ela ressuscite, ou pelo menos DESPERTE.
Pensar no conceito de vida remete-nos a realidades diferentes quando reflectimos antes e depois de despertar. Para quem continua preso na consciência colectiva inventada pelos vermes predadores a vida não passa de uma momentânea existência coroada pelo aparato dos bens luxuosos e prazeres carnais. Entretanto, aquele que desperta do sono da sua existência define a vida como a extensão da consciência universal que dura para sempre.
Definir a vida depois de despertar conecta toda a nossa finitude na magnitude do universo e mais uma vez nos transportamos a essência dos valores que tornam tudo uma unidade eterna de verdades e liberdades. Despertar é chegar a uma dimensão em que começamos a perceber o que na verdade somos como humanos e como cidadãos.
Vermes que de prémios em prémios, galas em galas, honoríficos em honoríficos passeiam suas vestes de púrpura em tapetes dourados de sangue e se apregoam os benfeitores, os salvadores, os libertadores, os pais, os heróis e os únicos clarividentes desta nação. Usaram sua astúcia através de matérias sociais psicotrópicas, adormeceram esta nação no sono existencial e acariciam os jovens no leito da sua morte.
Vermes que evidenciam a pujança da aparência, que divinizam a beleza física e corporal, destacam a posse como a única forma de realização pessoal, conduzem a nação ao abismo do consumismo e geram uma população carente, dependente, egoísta, mesquinha e selvagem.
A realização apregoada consiste em esconder as suas dores, o vazio humano e o desconhecimento do universo através da dominação do próximo. Gente que segue vermes, perdidos na imensidão da vida oprimem para sobreviver. Mentem uma certa felicidade para continuar a existir fisicamente. Verdadeira podridão escondida na mentira e a cada dia asfixiam a nação com doenças mentais.
Enquanto isso milhares de almas são sufocadas para alimentar uma dezena de egoístas. Centenas de jovens são mortos para sustentar a mentira dos vermes. Crianças e mulheres são usadas como pretexto para mais dinheiro angariar. E guerras, guerras são criadas para atormentar as pessoas. Uma ordem que parecia justa, esconde décadas de sangue inocente derramado para justificar a nação.
Despertar é colocar o dedo na ferida desta nação. Despertar é apertar o frúnculo desta geração, despertar é dizer basta e correr com a lança em direcção ao coração do verme mor. Há que libertar as mentes para salvar a nação.
Há que ressuscitar. Há que despertar para nós mesmos e percebermos que a essência humana vale mais que os simples manjares, que a vida em si, possui maior valor que todo o aparato de vestes e posses materiais. Há que despertar, ressuscitar para a vida e compreender que só somos eternos quando nos conectamos com as outras formas de vida que formam os pilares do universo.
Há que DESPERTAR companheiros!!